E no fim das contas, foi um encontro…

Lembrou dia típico, onde resolvemos problemas, sustentamos atitudes e falamos com várias pessoas. Tirando o fato de estar com meu esposo Ronaldo (desencarnado).

Estivemos abraçados, deitei no ombro dele, afaguei os cabelos e beijei o rosto e o pescoço. Carinho normal, sem morrer de saudades. Ao menos pelo que lembro.

Estávamos junto a um casal, eles lembravam pessoas conhecidas. O Ronaldo disse que o homem ia ensinar a mexer num controle remoto. O homem mostrou algo no controle, conversamos bastante. Lembro de surgir novo assunto, sobre um portão basculante. Alguém havia colocado e era muito bom para eu colocar em casa.

Comuniquei que ia conferir o tal portão, se era bom mesmo. Sai da casa onde estávamos e fui na casa do outro casal, que eu sabia eram amigos também. A cena pareceu decorrer aqui no bairro, nas casas em volta de um campo de futebol nos fundos da minha casa.

Cheguei na outra casa, o portão estava semi aberto, só uma ponta abaixada. O modelo era daqueles de enrolar na cor branca. Peguei nele sem falar com ninguém, achei meio fraco, molengo não transmitia segurança. Ouvi vozes vindo de dentro casa. Os amigos estavam na casa, porém preferi não falar com eles, estava com pressa. Voltando, avistei os filhos deste casal de amigos andando por ali, mas passei por eles discretamente. Não queria chamar a tenção.

Ronaldo me encontrou, saímos andando/deslizando, e contei minha opinião sobre o portão. Chegamos no que parecia ser minha casa. Mas era uma imagem antiga, de quando viemos morar aqui. Vi um espaço escuro, maior que qualquer porta. Um quadrado enorme e escuro.

Uma mulher de cabelos compridos e enrolados entrou por aquela escuridão. Eu, olhando aquela cena, senti algo estranho, e disse: – Será que ele (Ronaldo) gosta mais dela, que de mim?

Não sei de onde apareceu uma cadeira ali, sentei meio em choque, fiquei pensando, como se precisasse absorver/entender algo…

Surgiu uma moça, que também lembrou uma amiga muito querida e disse:

– Calma amiga, foram quase 8 horas de encontro.

Olhei para ela espantada e ela acrescentou:

– Quem dera eu ter um velório assim (ao menos foi a palavra que meu cérebro conseguiu trazer). Ela virou-se de costas para mim, e saiu sorrindo.

Olhei para o lado, o Ronaldo estava ali sorrindo e emocionado. Disse com os lacrimejados: -Será que vale a pena?

Foi muito rápido este momento final. Eu olhei a moça saindo, e em seguida olhei para ele, mas ao voltar o olhar ele já havia sumido…

Me sentindo atordoada, olhei para o céu, ergui os braços e gritei: Sempre vale a pena meu amor! Sempre vale a pena!

Acordei em decúbito dorsal, com os braços acima da cabeça, sentindo a emoção da experiência.

Analisando, não sei em que momento trocamos carinho. As lembranças vieram em blocos…

Mas só ao acordar me dei conta do encontro. A falta de lucidez para o extrafísico, fez ver como se estivesse acordada. Isso é muito comum. Agi como se o Ronaldo estivesse me ajudando com as coisas do dia a dia, normalmente.

Quando volto assim, me cobro a lucidez. Queria dizer e perguntar tantas coisas…

Mas sempre neste caso, UM POUCO é MUITO. Só gratidão pela vivência!!

SEMPRE VALE PENA MESMO!!

Amor e lucidez a todos nós

Regina

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